Recorde de produção de energia em 1 dia!

 Assim como no Brasil estamos batendo recordes em cima de recordes de geração fotovoltaica, a nossa geração no telhado também começou a bater seus próprios recordes! Parte por conta do avanço no ano, ou seja, quanto mais longe do inverno, mas a curvatura do Sol vai modificando e ficando mais favorável para a geração nos painéis, uma boa ajuda do tempo que nesses dias estava limpo, sem nenhuma núvem, mas record é record! Vamos contabilizar!

Desde Junho, quando colocamos o segundo projeto para rodar, tivemos alguns problemas, um deles na medição, mas uma vez resolvido, a partir de Julho estávamos não só produzindo como contabilizando e os números mudaram completamente de patamar, marcando novos topos nunca antes vistos.

Produção (kWh) ao longo do ano - Junho início da nova geração

Esse novo patamar de geração era esperado, afinal o novo projeto foi colocado para suprir um consumo de aproximadamente 23kWh/mês da mineração de cryptomoedas. Mesmo estando no inverno, dias mais curtos, inclinação e curvatura do Sol no céu menos favorável, os 2 projetos conseguiram picos bem interessantes de produção de até 28 kWh em Julho e picos de 30 kWh na primeira metade de Agosto chegando a 33 kWh na segunda metade do mês.

Geração ao longo do mês de Agosto

Acabamos de começar o mês de Setembro e já tivemos um daqueles dias espetaculares com a geração, já no dia 1 chegando a 37,5 kWh, mais de 10% acima do record de produção até então. 

Geração ao longo do dia 1 de Setembro

Claro que esse valor vai ser em breve superado assim que os dias ficarem mais longos e a curva se alargar, mas é uma produção para se comemorar e merecia essa menção num post já mostrando um pouco do rendimento dos novos painéis solares instalados.



Novo projeto solar! Vamos completar o telhado com painéis solares!

 Isso mesmo que vocês leram no título... o sucesso foi grande do primeiro projeto que nos inspirou a fazer um "upgrade", ou seja uma versão 2, uma expansão da nossa geração fotovoltaica. Afinal ainda temos metade do telhado e seria um desperdício não utilizá-lo para gerar mais energia limpa, ou em outras palavras, aumentar o investimento e rendimento.

Como podemos compensar em outras contas no mesmo CPF, pensamos até em "alugar" os painéis para os parentes, que seria uma opção. Outra opção seria utilizar essa energia para produzir algo útil que poderia ser revertido em mais rendimento ainda, a um preço congelado de energia.

Foi essa segunda opção a escolhida. Iremos minerar cryptomoedas, uma atividade que gasta muita energia. Em outro post falo mais sobre esse projeto de mineração de Etherium e outras Cryptos. 

Como já tem aguns meses da instalação do prmeiro projeto conseguimos equipamentos mais novos, ou seja, com uma metragem de telhado muito similar, teremos uma produção muito maior pois os novos painéis são de 455W cada, dando uma geração total pico de 3,60 kWp.


A projeção é que teremos uma geração, apenas com os novos painéis entre 482 kWh no verão e 272 kWh no inverno, ou seja, nos próximos meses... vamos descobrir em breve.


Os microinversores são os mesmos MI-1500 da Hoymilles para que eu possa aproveitar a DTU já instalada, apenas acrescentar os novos microinversores.

Contrato firmado na segunda semana de Março e depois de esperar algum tempo finalmente chegaram os equipamentos e feita a instalação, mais de 2 meses depois.


Valor total do investimento, 2 parcelas (no contrato e pós instalação) totalizando R$ 19.700 reais, um valor de kWh projetado por real gasto um pouco menor ainda que o promeiro projeto, entendo que pela economia de equipamentos uma vez que o aterramento já estava feito, DTU instalado, etc.

Nos próximos posts mostro um pouco mais como ficou a instalação, como ficou configurado no monitoramento esse monte de painéis e resultados até então.

Importância da limpeza do Painel Solar e a perda de produção

 Fala Ecotrecos!!

Sempre tive a curiosidade de saber o quanto perdemos de produção a medida que o painel vai ficando sujo, empoeirado e resolvi fazer o teste. 

Para quem preferir assistir em vídeo, postei um no YouTube do Ecotrecos mostrando como foi também. https://youtu.be/P4HAI5aCQTI

Cenário:

Dia lindo de Sol, céu azul sem núvens, perfeito pra fazer algum teste com os painéis e notei que eles estavam bem empoeirados e mesmo em dias assim, eles não estavam mais chegando aos 3 kWh que eles chegavam durante o verão. Que tal investigar se a poeira acumulada nos últimos 6 meses está influenciando em alguma coisa?


Poeira/Sujeira nos painéis:

Mesmo com apenas 6 meses de uso, esses painéis já passaram por muitas chuvas, poeira de obras dos vizinhos, e agora um período de estiagem, normal para a época do ano, mas que deixam os painéis ainda mais empoeirados, sem nenhuma chuvinha pra dar aquela lavada natural, mesmo que muito superficial.

A poeira acumulada em sua maioria era aquela que ao passar um pano ou até mesmo o dedo ela sai, porém além de poeira tinham alguns pontos encrustrados que apenas esfregando o pano seco ou descascando com a unha para retirar. Típica sujeira que acumula quando uma gota de água com poeira seca e fica tudo aglomerado num ponto.

Como são 8 painéis, não ia limpar todos eles, não agora, pois quero fazer uma experiência, comparar o quanto que eles, comparativamente, melhoram em produção ao serem limpos e pra iss preciso deixar algum sujo como referência.

Experiência:

A ideia aqui é limpar apenas 1 painel, o que está mais próximo do meu ponto de apoio da abertura do telhado e depois comparar no monitoramento, como ele produzia antes e depois, comparado aos outros painéis.


Durante a limpeza, obviamente, a produção desse painel vai cair pois estou fazendo sobra sobre ele, mas posteriormente a tendência é que ela melhore, isso veremos na sesão abaixo, onde mostro os resultados.

Resultados:

O painel em questão está mostrado abaixo com o número 1-0 (primeiro da segunda fileira) e vejam que a produção dele, ainda sujo, é de um pouco mais de 1W acima dos outros painéis ao lado dele, que dá 0,5% a mais aproximadamente.


Enquanto estou limpando, ou seja, passando um pano seco para retirar apenas a poeira, sem lavar nem utilizar sabão nem nada, obviamente faço sombra sobre ele e somente ele cai a produção. Aliás essa é uma das vantagens de se ter um microinversor e não um inversos em string pois como cada painel é lido individualmente, quando um deles perde performance, não afeta os outros.


Alguns minutos depois, deixado passar um certo tempo, depois de já limpo, vemos que o painel limpo passa a produzir bem mais que os outros. Chegou a produzir, no pico do dia, 4W (295,9 x 291,9) a mais, ou seja, uma melhoria de 3W que dá mais de 1% apenas retirando a poeira que estava por cima dele. 


Se a poeira, junto com alguma sujeira que tenha sido retirada, de apenas 6 meses de instalação, ja foi responsável por melhorar a produção em algo mais de 1%, imagina a sujeira acumulada por mais meses ou até anos? Não parece muito, mas dependendo do tamanho da instalação pode equivaler a um bom desperdício.


O teste continua, vou avaliar em quanto tempo esse painel volta a produzir no mesmo nível de antes assim como vou avaliar a mesma economia alguns meses pra frente, limpando algum outro painel e fazendo a mesma análise para trazer os resultados aqui no Blog.

Medidor Bidirecional, o que é, pra que serve e como ler?

 Fala Ecotrecos!!

O vídeo onde falo do medidor Bidirecional, instalado no projeto fotovoltaico, é um dos mais acessados do canal do Ecotrecos no YouTube, então resolvi trazer aqui no Blog mais explicações do que é o medidor, pra que ele serve, alguns exemplos práticos e como faz para ler aqueles números que ficam se alternando.

Você ainda não conhece o Canal do Ecotrecos no YouTube? Como não? Clica aí e vá conhecer os vídeos que temos lá e se inscreva pra não perder nenhuma novidade: https://www.youtube.com/c/Ecotrecos

Falando sobre o medidor bidirecional, esse é o modelo que a distribuidora instalou na casa mas existem diversos de diversos fornecedores, não se preocupem com isso, pois todos fazem exatamente a mesma coisa. Medem quanta energia saiu da casa para a rede elétrica e quanto passou da rede elétrica para a casa.



Essa medição é importante pois durante o dia a casa vai produzir mais energia do que ela consegue consumir, sendo assim o sistema fotovoltaico "armazena" na rede, ou seja, injeta na rede da distribuidora o excedente, que é medido. Durante a noite, o sistema não gera nada, mas a casa continua consumindo, e o medidor faz registra quanto foi consumido da rede. A diferença vira créditos para serem consumidos futuramente, mas falaremos dos créditos em outro post.

Vale lembrar que a energia excedente gerada pelo seu sistema não fica "armazenado" na rede, ela é consumida provavelmente pelo seu vizinho, mas o importante é o registro de quanto foi injetado na rede.

No nosso projeto por exemplo tenho a medição do quanto foi gerado pelos painéis, antes de passar pela casa e ser consumido parcialmente e o quanto foi injetado na rede elétrica, além do consumo noturno. Vejam os números:


Notem que o sistema foi projetado para produzir bem mais que o consumi habitual da casa que é a soma do que foi efetivamente medido (última coluna) com o auto-consumo. Os créditos que ficam para os próximos meses ou para abater em outra unidade consumidora, é a diferença entre o Injetado e o Consumido no medidor.

Esses 2 números ficam aparecendo no próprio medidor, caso queira consultar a qualquer momento. O injetado com o código 103 e o consumido com o código 03. Veja um exemplo abaixo:


Clicando na imagem acima vai abrir também o vídeo mostrando o medidor logo no início da instalação quando os números ainda eram bem baixos.

Espero que tenham gostado da explicação, compartilhem com quem você acha que possa se interessar, se inscreva no canal do YouTube, deixe seu comentário aqui ou lá!


3 meses de geração própria e compensação no apartamento

 Verão, dias mais longos, muito Sol, e a geração fotovoltaica a "todo vapor", gerando bastante energia como planejado e com isso muitos créditos que vão se acumular para o inverno quando a expectativa será de uma geração menor... será? Veremos...

Por agora, o que vemos é uma boa sobra entre a geração, consumo da casa (e auto-consumo) e o consumo no apartamento, onde abatemos o excedente até o valor mínimo.

Nesses 3 meses já conseguimos juntar 219 kWh de crédito mas se calcular apenas o que foi "consumido" para abater nossa conta de energia, tivemos um belo retorno médio de 1,4% do investimento por mês. Considerando os créditos, que não viraram efetivamente economia, o rendimento desse investimento teria sido de 1,8% em média nesses 3 meses.

Fiz uma tabela pra acompanhar tudo isso:

Vamos olhar uma parte de cada vez...

Na primeira coluna coloco a quantidade de kWh gerado pelos painéis solares. Esse valor retiro do relatório do sistema do meu microinversor da Hoymiles. Veja aqui o post e o vídeo onde faço um tour pelo site de monitoramento.

Como a conta da casa é medida por volta do dia 20, a medição é feita do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês corrente. Vemos que a geração foi de 342 kWh em Dezembro, 332 em Janeiro e 339 em Fevereiro.

Mas essa medição é feita antes de injetar a energia na casa, que primeiro vai consumir parte desses kW's antes de injetar o excedente na rede. Essa conta do Auto-consumo é o que faço na segunda coluna, baseado no que a concessionária me diz que houve de Injeção e Consumo.

Na quinta coluna coloco o que excedeu os 100 kWh (mínimo na rede trifásica) no apartamento, ficando o restante como crédito que se somam os créditos do mês anterior.

Se toda energia gerada fosse consumida, sem sobrar créditos, teríamos uma economia (que chamei de Rendimento na planilha) de quase 300 reais por mês (295 reais em média nos 3 meses).

Como apenas parte da geraão vira economia efetiva nas 2 contas, a coluna seguinte mostra a quantidade de kWh multiplicada pelo valor do kWh aqui na cidade, dando uma Economia média em 3 meses de R$ 231 reais.

Comparando com o projeto original, que era de ter um rendimento de 1,5% ao mês, estamos bem próximo disso, considerando a economia pelo consumo e bem acima disso considerando a geração (que um dia será consumida e revertida em R$). Vejam o projeto original aqui.

Em breve, teremos um Upgrade no sistema, que vou falar melhor num novo Post. Mas a ideia é completar o telhado, com mais 8 painéis, um pouco mais potentes, e usar todo esse excedente para fazer mineração de criptomoedas... Confuso? Explico em detalhes em breve...

Abatimento da conta de energia do apartamento com produção remota na casa

 Continuando o post publicado em Dezembro quando recebemos a primeira conta de energia com produção abatendo o consumo (Primeira conta de energia), agora recebemos a conta de energia do apartamento, que está sob a mesma Concessionária, Energisa, e cadastrada com o mesmo CPF. As leituras são em dias bem diferentes o que nos dá alguma vantagem em já saber quanto temos de crédito.

Na leitura da conta da casa, vimos que:

- Produção Dez/21 = 273 kWh

- Consumo da casa Dez/21 = 116 kWh

- Saldo final = 157 kWh

Que ficaram de crédito para abater na conta do apartamento.

A conta do apartamento chegou, como abaixo, junto com uma carta da empresa mostrando os créditos que sobraram e a validade dos mesmos, que me surpreendeu por ser maior que 1 ano:

Vejam que o abatimento na minha conta de 153kWh foi de 53kWh, deixando meu consumo como sendo de 100, que é o mínimo ou a chamada tarifa de disponibilidade.

O restante virou créditos que estão mais explicados na carta.


A carta mostra meu saldo anterior (157 kWh) que foi o que sobrou na conta da casa, os 53 kWh compensados no apartamento e o disponível como créditos a serem compensados no futuro, de 104 kWh.

Sobrar estava nos planos desde o início pois no inverno a tendência é que tenhamos menos produção e com isso precisemos dessa sobra, ou possamos começar a pensar em trocar alguns eletrodomésticos mais antigos, a gás, por elétricos e assim consumimos essa sobra em vez de pagar o custo do gás.

O que nos surpreendeu foi a data de expiração que veio na carta para esses créditos. Como podem ver na segunda tabela, 12/2026, ou seja, são 5 anos pra usar o crédito o que é bem interessante.

Algumas outras formas de usar essa energia restante de produção é deixar algum equipamento rodando e produzindo algo, quem sabe uma mineradora de cryptomoedas? Algumas opções estão sendo estudadas pois essa energia já está "paga" só precisamos tirar bom proveito dela.

Pensando do ponto de vista de investimento... esse foi nosso primeiro "rendimento" em economia na conta de energia, e pra quem ainda não leu o racional do nosso projeto: Energia solar como Investimento.

Seguindo o plano, tivemos uma "rentabilidade" de 1,5% a.m. sobre o investimento feito nesse ativo. Nem toda rentabilidade retornou como economia efetiva pois ficamos ainda com um crédito a ser usado futuramente.

Seguiremos acompanhando nos próximos meses e vendo como esses valores vão mudando de acordo com o valor do kWh, a produção ao longo dos meses, e o nosso consumo.

Em breve faço um vídeo pro canal do Youtube mostrando as contas, a produção estimada segundo o monitoramento online, apenas aguardando a próxima conta da casa para confirmar os cálculos.